10 fatos sobre o carnaval de Juiz de Fora
Tentar explicar para um gringo o que é o carnaval brasileiro é difícil. Agora imagine explicar o que é o carnaval de Juiz de Fora! Tem coisas que só um juiz-forano entende. Ou nem ele!
#partiupraia
Cabo Frio, Guarapari, Piúma ou Rio de Janeiro: seja qual for o destino litorâneo, lá estará um juiz-forano durante os dias de folia. Ele pode nem gostar de blocos e batuques, mas, como bom mineiro, folga é sinônimo de praia.
O bom mesmo vem antes
O juiz-forano viaja porque o carnaval da cidade deixa a desejar ou o carnaval da cidade deixa a desejar porque o juiz-forano viaja? O impasse foi resolvido com uma sacada que tem dado certo: a antecipação da folia. Desde 2011, o melhor do carnaval de Juiz de Fora acontece na semana anterior, o que tem impulsionado inclusive o surgimento de novos blocos e a consolidação de outros, mais recentes. Este ano, o Corredor da Folia acontece de 23 de janeiro a 9 de fevereiro.
Falando em blocos…
Entre antigos e mais novos, os blocos de Juiz de Fora mantêm a tradição ao ganhar as ruas. Banda Daki, Domésticas de Luxo e Bloco do Beco arrastam multidões há vários anos. Eles ganharam a companhia de formações mais novas, porém não menos importantes, como Parangolé Valvulado, Come Quieto, Besta é Tu, Realce, Meu Concreto Tá Armado…
Todo ano é a mesma coisa!
Com o início da montagem da Passarela do Samba, na Avenida Brasil, o juiz-forano reclama das retenções no trânsito, do dinheiro gasto pelo Poder Público com o carnaval e das escolas de samba da cidade.
Mas esse ano foi diferente!
Em 2016 o xororô mudou de lado. Com a crise financeira, a Prefeitura propôs diminuir o repasse de verba para as agremiações, que se recusaram a desfilar. O resultado é uma Avenida Brasil sem carros alegóricos… só os comuns mesmo.
Ditadura?
Carnaval em JF é dominado por reis, rainhas e… um general. Ao longo do ano ele revela as fotos que milhares de juiz-foranos tiram em suas câmeras e celulares. Mas, no carnaval, é ele o alvo principal das lentes. O empresário José Carlos Passos, o Zé Kodak, é o general do bloco mais famoso da cidade, a Banda Daki. Em 2005, o bloco foi tombado como Patrimônio Cultural de Juiz de Fora.
Doméstica, aqui, é de luxo
No bloco caricato mais tradicional da cidade, o Domésticas de Luxo, desfilavam somente homens com o rosto pintado de preto e vestidos de mulheres, ou melhor, de domésticas. Mas, este ano, pela primeira vez, alguns participantes desfilaram com os rostos coloridos e o bloco teve mulheres. Como carnaval é tempo de inversão de papéis, elas vieram, é claro, vestidas de homem, ou melhor, de mordomos de luxo. A mudança vem depois das críticas que o bloco recebeu no ano passado por desfilar com rostos pintados de preto e permitir a participação apenas de homens.
Onde o samba também é valsa
Aqui se comemora 50 anos dos desfiles oficiais. Porém, o primeiro desfile foi vencido por uma escola que tocou valsa! A Feliz Lembrança, em 1966, levou para a avenida um samba que misturava o ritmo brasileiro com o europeu. E não é que deu certo?
Dourado, mas nem tanto
Enquanto pelo mundo existem leões de ouro, águias de ouro e outros animais dourados, aqui o quem domina um dos dias de carnaval são os pintos mesmo, ou melhor, os Pintinhos de Ouro. Um dos mais animados blocos caricatos de JF, os foliões desfilam vestidos com sua tradicional jardineira em cima do bonde do jardim da infância pelo Calçadão.
Cresce?
Outro pinto que tem feito sucesso é o do bloco É Pequeno, mas Cresce. Desde 2010 ele desfila pelo Bairro Poço Rico com a promessa de crescer. E o que tem crescido mesmo é o público do bloco, que este anos saiu no dia 31 de janeiro.