ESTRADAS DE MINAS
A cada feriado prolongado – e neste ano serão muitos -, a discussão retorna ao mesmo ponto: a situação das estradas de Minas. Os milhares de usuários que se deslocam em busca de lazer ou descanso enfrentam as mesmas condições de precariedade como as que foram mostradas pela Tribuna em sua edição de ontem. E o discurso oficial é o mesmo: faltam recursos, restando apenas fazer operações pontuais de tapa-buracos. Cabe às polícias Rodoviária Federal e Estadual alertar os usuários para os riscos que vão encontrar.
A discussão sobre o sistema viário é uma velha agenda. A União, por meio do Dnit, não dá conta de mantê-lo em boas condições, mas não abre mão de seu gerenciamento. As tentativas de repasse para os estados, tendo em troca os recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de combustíveis (Cide), nunca saíram do lugar, pois o Governo federal perderia uma importante arrecadação. O ponto, porém, é a falta de aplicação adequada dos recursos, restando aos governos estaduais tocar por conta própria a recuperação das rodovias. E, sem o dinheiro da Cide, o cenário é o que foi mostrado ontem pelo jornal.
O dado negativo desse enredo é que, de novo, a conta fica para o cidadão, já bastante penalizado pela sanha tributária do Estado. Andar por algumas rodovias é situação de risco, pois o acostamento e a própria pista de rolamento estão comprometidos. Some-se a isto a imprudência dos apressados, e está pronta uma situação crítica de insegurança. Até quando essa combinação vai prevalecer não se sabe, porque a disputa por tributos só aumenta sem que haja sua aplicação adequada em nome do bem comum.