Aprovado indicativo de greve para dia 29
Os professores da rede estadual aprovaram ontem, em assembleia realizada no pátio da Assembleia Legislativa, indicativo de greve para o dia 29 de abril. Eles também rejeitaram a última proposta apresentada pelo Governo de Minas, que estabelece a política remuneratória para educadores até 2018, prevendo o pagamento do piso nacional proporcional a 24 horas semanais, efetuados por abonos escalonados até abril do próximo ano. Os docentes querem o cumprimento da Lei do Piso de forma integral, a recuperação do plano de carreira, o reajuste da tabela para outros segmentos da educação e melhorias no plano de saúde do Ipsemg.
O instituto foi motivo de manifestação em todo o estado. Em Belo Horizonte, servidores do instituto se mobilizaram para cobrar do Governo uma posição em relação a demandas da categoria, que pede aumento de até 70% em seus vencimentos. Para o dia 9, quando haverá nova paralisação, os trabalhadores participam de uma reunião na ALMG. Já no dia 14, a categoria tem nova assembleia no Legislativo. Em Juiz de Fora, funcionários do Ipsemg manifestaram em frente à sede da entidade, no Bairro Mariano Procópio. Os professores e demais funcionários do Estado engrossaram o movimento para reivindicar a normalização do atendimento na cidade. A queixa é que hospitais, clínicas e profissionais conveniados têm se negado a realizar os procedimentos devido à falta de pagamento.
Ipsemg
Segundo a diretora regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), Victória Mello, foi entregue um ofício ao instituto solicitando melhorias. “É inaceitável que os servidores sejam afetados sob o argumento da falta de repasse da verba, já que o desconto em nosso contra-cheque continua sendo realizado.” O Ipsemg esclareceu, por meio de sua assessoria, que está “regularizando o pagamento às instituições de saúde credenciadas e, assim, espera que seus prestadores de serviços mantenham os atendimentos eletivos, de urgência e emergência”. Enfatizou que foram sanadas as pendências financeiras deixadas pela administração passada.