Ócio ou lazer?
ANGELA HALFELD CLARK, COLABORADORA
Em geral, ócio tem um sentido pejorativo e se refere ao vazio na vida da pessoa na expressão de não fazer nada. Porém, o lazer significa atividades prazerosas. Veja, parar o pensamento é impossível, mesmo nos sonhos pensamos. O que quero abordar é a necessidade de fazermos das nossas atividades laborativas o prazer, sejam elas remuneradas ou não.
Os sentimentos negativos, como o ódio, a irritação, a mágoa, o egoísmo, a euforia, se propagam, e o primeiro a ser acometido deste mal é a própria pessoa. Vemos nas instituições muito hierárquicas repressão, e, às vezes, os trabalhadores se sentem muito assustados e bloqueados. Por outro lado, instituições muito liberais são confundidas com libertinagem, não levando o trabalho a sério.
Depois, porém, de entrar em folga, procuram-se viagens caríssimas para o poder aquisitivo da pessoa. Excesso de álcool, desregramentos em geral. Vamos analisar que o trabalho já é estressante, e o lazer produz um falso prazer contaminando o nosso organismo (lembremos que as doenças são psicossomáticas).
É prazeroso e saudável cultivar bons pensamentos, não deteriorarmos nossas vidas com problemas que criamos e muitas vezes imaginamos. Somos coautores das nossas mazelas, pois buscamos uma atmosfera sombria no nosso psiquismo.
Os trabalhos de filantropia sejam individuais ou coletivos nos proporcionam “lazer” no sentido de alegria e não de irresponsabilidade.
No nosso trabalho de ser um produtor de ideias, deixamos a paz e o amor conduzirem o nosso caminho.
Sendo rigorosos, mas não perversos com nós mesmos, nos dando direito ao lazer realmente saudável, sem os modismos que alienam.
Comecemos a organizar nosso processo cognitivo para que possamos ter o real alívio das tensões que tanto afligem cada um de nós. Sejamos sensatos no pensar e hábeis no sentir.