PLANOS ADIADOS
O contingenciamento de verbas definido pela equipe do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a fim de colocar a economia nos trilhos, tem sido perverso de alto a baixo. Por enquanto, o Governo não consegue se equilibrar, enfrentando problemas diários; nas demais instâncias, o reflexo tem causado danos acentuados. O adiamento do reinício das aulas na Universidade Federal de Juiz de Fora não é apenas uma questão de data, mas prova formal dos problemas vigentes e de suas repercussões no futuro. No ciclo virtuoso, a UFJF abriu várias frentes de obras, hoje paradas e sem perspectiva de retomada. O Governo não dá garantias de nada.
Ao mesmo tempo, docentes e discentes não sabem o que virá pela frente, embora planos tenham sido adiados, sobretudo por aqueles em fase de conclusão de curso. A obtenção do diploma não é um mero ato formal, mas o início de uma nova jornada, seja no mercado de trabalho, seja na academia, em cursos de especialização. Sem data, os formandos ficam, como os demais, à deriva e à mercê da própria sorte.
É fato que não se trata de uma crise gerada na UFJF, mas é fundamental buscar medidas para minimizá-la para dar garantias de início e fim do período letivo. Hoje, como apontam os próprios dirigentes, é até possível começar as aulas, mas nada garante que haja recursos para fechar o semestre.
Num cenário como esse, a decisão é correta, mas é de extrema importância ampliar o diálogo com Brasília para que ela seja breve.