Grupo defende ações para retorno de voos
Há mais de seis meses sem voos regulares, o aeroporto juiz-forano Francisco Álvares de Assis (Serrinha) ainda não tem expectativas de retomada das atividades comerciais. A situação tem mobilizado discussões no grupo Pró Aeroportos Juiz de Fora do Facebook, que conta com quase 1.300 integrantes. Hoje, no terminal, eles se reúnem pela quinta vez presencialmente. Na ocasião, será apresentada proposta de reativação do aeroporto, desenvolvida pelo especialista em telecomunicações e professor universitário Almir Gonçalves Pereira, e discutida a criação de uma associação em prol do Serrinha.
Sem adiantar detalhes, Almir explica que realizou diagnóstico sobre o aeroporto e desenvolveu uma proposta diferenciada para reativação das operações. “Estamos falando de retorno dos voos comerciais e continuidade dos particulares”, garante. “É uma ideia na qual venho trabalhando há cerca de cinco meses, antes mesmo de entrar para o grupo. Agora irei apresentá-la e espero que seja um ponto de partida para as nossas ações.” Segundo ele, a expectativa é encaminhar esta proposta aos órgãos públicos e empresariado. “Queremos encontrar uma solução para o Serrinha.”
Idealizador do grupo, o professor Alexandre Maestrini diz que a iniciativa de reunir os cidadãos pela causa do aeroporto juiz-forano ocorreu a partir do entendimento de que a cidade precisa do terminal em funcionamento. “Viajo toda semana de Belo Horizonte para Juiz de Fora e sei que temos demanda para ter voos no Serrinha. Esta situação tem ocasionado perdas de tempo para os cidadãos e de investimentos para o município.” Para fortalecer as ações em grupo, ele pretende discutir hoje a criação de uma associação que represente a causa. “O objetivo é ganhar representatividade para podermos falar em nome da cidade quando formos buscar o apoio do Poder Público.”
Demanda
O Serrinha realizou seu último voo comercial em 3 de abril deste ano. De acordo com os dados da Sinart, administradora do aeroporto, na época, a demanda pelos voos da companhia era de 10.500 passageiros por mês. Após a data, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras transferiu as operações para o Aeroporto Presidente Itamar Franco, localizado entre Goianá e Rio Novo. Procurada pela Tribuna, a empresa não comentou sobre aumento ou queda de demanda desde a mudança. Por meio de sua assessoria, declarou apenas que “está satisfeita com suas operações no Itamar e que, por enquanto, não há previsão de inclusão ou retirada de voos operados pela Azul no aeroporto”.
Negociações
A assessoria da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) informou que a pasta “continua trabalhando para que a cidade possa contar novamente com voos comerciais” e que, “embora esteja empenhada e tenha realizado diversos contatos, inclusive com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, que já se comprometeu a trabalhar em conjunto com a Settra, ainda não há definições sobre a atuação de novas empresas no Aeroporto do Serrinha”.