A ausência do Serjão
Carismático, comunicativo, popular, simples, educado, etc. Não existem adjetivos capazes de significar a enorme perda para os amigos e amantes da música de Juiz de Fora quando se referem à perda aos 53 anos do cantor Serjão. Ele, com certeza, ao embarcar para o andar de cima, deixa um enorme vácuo na música juiz-forana. Tim Maia, aquele também cantor carismático que se foi, irá gostar de ver Serjão lhe fazendo companhia.
Além da costumeira participação no happy hour do Clube Bom Pastor, Serjão não se contentava só em cantar e encantar os sócios do tradicional clube de Juiz de Fora. Quando não tinha que se apresentar como músico durante os fins de semana nos vários locais que requisitavam sua apresentação, sempre aparecia no Bom Pastor para participar das rodas de papo para tomar uma cervejinha nas tardes de sábados, domingos e feriados ao lado de sua esposa, Cláudia.
Como tecladista que também sou, tive o prazer de contar com sua poderosa voz quando me apresentei no Hotel Renascença, participando junto com meus companheiros do grupo Quarta a Quarta. Buscava o Serjão na sua casa para a gente dar um treino no meu apartamento, para ensaiarmos as músicas que seriam apresentadas. Com sua poderosa voz, Juiz de Fora não tinha outro igual a ele para interpretar as músicas do também saudoso Tim Maia. Mesmo não sendo mais morador de Juiz de Fora, me assustei e quase fui às lágrimas quando li na Tribuna a notícia do passamento de um dos mais queridos músicos dessa sempre querida cidade da Zona da Mata mineira.
Que Deus receba o Serjão e dê sua bênção para a pessoa que ele representou aqui na terra. Sua ausência será sempre sentida e lamentada por todos os seus parceiros e amigos de sua música. Juiz de Fora ficou mais triste, é verdade, mas nosso criador sabe a hora de chamar uma pessoa para lá fazer parte entre os bons.