André Luiz Gama lança o livro ‘Sexo frágil? Vai sonhando’
“Sexo frágil? Vai sonhando”. Esse é o questionamento que dá título à nova criação do poeta e jornalista André Luiz Gama. “Elas envolvem/ dominam/ subjugam/ amam/ machucam/ enternecem/ fortalecem/ dão vida/ e a vida./ Sem essa de sexo frágil;/ o que existe mesmo é este ser maravilhoso que se chama mulher”, escreve o autor nas páginas do livro, composto por mais de 60 textos poéticos. Publicado pela Editar, editora de André, a obra será lançada em Juiz de Fora neste sábado, às 14h30, na livraria Saraiva. Paralelamente à sessão de autógrafos, haverá contação de histórias infantis com juiz-foranos e exposição de fotos e vídeos do Rotary Internacional e seus clubes. Os presentes poderão fazer uma boa ação, doando lacres das latinhas de bebidas para serem revertidos em cadeiras de rodas. Até o fim do ano, toda a renda com vendagem de “Sexo frágil? Vai sonhando” será revertida para a Fundação e Associação dos Rotarianos de Juiz de Fora.
Quem quiser ainda pode levar um conto ou poesia, de no máximo duas páginas, sobre o tema solidariedade, para tentar uma publicação na coletânea “Editando” volume 1. A inscrição é gratuita. A única exigência é que os escritos sejam inéditos. “Faremos uma seletiva composta por pessoas do Rotary. Era um sonho antigo fazer uma coleção em que qualquer autor da região pudesse divulgar seu trabalho e distribuir da maneira que quisesse. É uma forma de incentivar a escrever. Os três primeiros volumes sairão em 2015”, afirma o escritor. Ao realizar o “Você faz parte deste dia”, nome dado ao evento, André quis ir além de um simples acontecimento cultural. “A ideia é que, a partir deste, aconteça uma série de outros eventos. Quem sabe nos próximos anos não conseguimos atrair outras instituições como parceiras? Queremos fazer algo para movimentar a cidade em prol do próximo”, ressalta o jornalista.
Como um roteiro de cinema
Versificar não é uma novidade para este autor, nascido em Piumhy/MG, mas radicado em Juiz de Fora desde os idos de 1974. “Faço poesia desde que entrei na escola. Ainda no jardim de infância, fiz uma para a professora. Minhas namoradas só eram presenteadas com livros escritos por mim. Participei de tudo o que tinha a ver com leitura. Alguém fazia um torneio, estava eu lá. Fiz jornais desde a escola até a universidade”, diz ele, que não se cansa de render elogios ao sexo feminino. “É a maior obra que Deus fez neste mundo. Sempre fui um fã incondicional das mulheres, pois, sem elas, não haveria continuidade. O trabalho que elas desenvolvem é muito superior ao dos homens. Além de capacidade, elas têm sensibilidade e facilidade para mostrar e ver as coisas. Algumas não apresentam isso porque não foram lapidadas”, opina, destacando que a homenagem registrada nas 75 páginas não é endereçada a uma única pessoa. “Falo de todas as mulheres, mesmo as que não passaram pela minha vida. Escrevi sobre a mulher mãe, esposa, guerreira, dentista e garota de programa.”
O que antes ficava somente para ele, aos poucos, começou a chegar ao público. “Antologia poética”, “Um plebeu na corte da princesa”, “Lu – um estranho jeito de aprender”, “O abrigo dos animais” e “Minha história, sua história – uma história para a vida” são os outros cinco títulos de autoria do jornalista. A ideia para suas criações surgem nos momentos mais inusitados possíveis. “No banheiro, na sauna, no carro ou quando estou pescando. A maioria não coloco no papel. Acho que acabo me dedicando mais à impressão do livro dos outros”, afirma, fazendo referência aos 19 anos em que está à frente da Editar. Amante de cinema, conta que se entrega à literatura como se estivesse fazendo um roteiro de filme. “Na maioria das vezes, me coloco dentro dos livros. É como o Tarantino. A diferença é que ele põe muito sangue, e eu ponho amor”, brinca.
Com capa assinada por Luiz André Gama, filho de André, o livro recebe o endosso da professora Ilma de Castro Barros e Salgado. “A verve poética do autor se reveste da sensibilidade que emana de cada verso deste ‘Sexo frágil? Vai sonhando’. Ele brinca com a sensualidade feminina, sem ridicularizá-la ou vulgarizá-la, realizando a expressão dos corpos enlaçados, do valor dos desejos, do crescimento para o amor”, prefacia Ilma. “Masculino/feminino”, “Mais que menina”, “Momentos”, “Deusa” e “Um beijo apenas” são alguns dos escritos eternizados na obra. Em dois versos, o poeta une duas de suas maiores paixões. “Poesia é como mulher/ tem que ter algo mais.”
VOCÊ FAZ PARTE DESTE DIA
Sábado, a partir das 14h
Livraria Saraiva
(Independência Shopping)