Coluna 02-09-2014

Por PAULO CESAR MAGELLA

CONFRONTO NA TV

Os presidenciáveis já se enfrentaram em dois debates de alcance nacional, mas até que ponto tais eventos repercutem nas ruas, elaborando a opção do eleitor? Para o cientista político Paulo Roberto Figueira, da Universidade Federal de Juiz de Fora, todo espaço de discussão política é potencialmente relevante, mas ele admite que a audiência desses programas, mais por conta da forma, tem deixado a desejar. “Os modelos excessivamente engessados dificultam que os embates entre os candidatos produzam, com a clareza necessária, explicitações sobre quais são as divergências reais entre eles.” O professor também chamou a atenção para o perfil das pessoas que acompanham tais debates. Uma parte significativa é composta por eleitores que já se definiram – “e que, com memória seletiva, só se lembram dos melhores momentos do seu candidato e dos piores dos adversários”.

Indecisos

A despeito desse cenário, o professor Paulo Roberto Figueira está convencido de que o número de telespectadores indecisos que formam com clareza um juízo de quem teria vencido ou perdido o debate é muito pequeno. No seu entendimento, “a repercussão promovida pela imprensa e pelos próprios partidos nos dias seguintes tem alcance um pouco maior. Os candidatos ainda participarão de outros enfrentamentos, sendo o mais esperado deles o da TV Globo. A despeito de seu engessamento, é o que tem maior audiência.

Nova data

Especulações

A campanha entra numa fase perigosa, na qual as especulações costumam ganhar a força de fatos, dependendo, principalmente, do seu interesse. Ontem, o senador Aécio Neves desmentiu a possibilidade de renunciar por conta de sua performance na campanha presidencial. Ele matou o boato na origem, já que, até dentro do Palácio do Planalto, havia essa conversa, mas só com data diferente. A renúncia ocorreria às vésperas da eleição, e ele daria apoio a Marina Silva. Desta forma, o pleito terminaria já no primeiro turno.

1º encontro

O presidente do diretório municipal do PMDB, Paulo Gutierrez, fez ontem, em Belo Horizonte, a primeira reunião de trabalho com o comitê de campanha de Fernando Pimentel (PT). Ficou acertada a implantação de um comitê conjunto na Rua Floriano Peixoto, na próxima segunda-feira, mas não há previsão de vinda do candidato à cidade. Até então, o PMDB local estava distante da campanha petista, mas, como disse um interlocutor, sem ter ficado fora das articulações.

Tribuna

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