Contra homenagem a nomes da ditadura
O Ministério Público Estadual enviou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) um ofício solicitando a retirada de homenagens feitas a apoiadores da ditadura militar e responsáveis por violações de direitos humanos dispostas em locais públicos. O pedido quer atender às recomendações feitas no relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV). O documento enviado cita a a troca de nomes em pontos presentes em Belo Horizonte, como o Estádio Governador Magalhães Pinto, para apenas Mineirão, e em demais cidades mineiras, incluindo Juiz de Fora.
Na cidade, o vereador Roberto Cupolillo (Betão-PT) já tentou encaminhar projetos de lei para solicitar a retirada de homenagens dispensadas ao presidente Costa e Silva em dois locais: a principal avenida no Bairro São Pedro, na Cidade Alta, e em uma escola estadual localizada em Benfica, Zona Norte. Há ainda outro ponto, uma estação de tratamento da Cesama, que homenageia o presidente Castelo Branco.
Consulta popular
As matérias sugeridas por Betão não tramitaram devido a uma lei municipal em vigor na cidade, que exige, para a mudança de qualquer nome, uma consulta popular entre moradores que residem próximos ao local que se deseja renomear. Na esfera estadual, porém, já é lei a proibição de dar nomes de apoiadores da ditadura a espaços públicos, mas falta a autorização para mudar os já existentes.