De carona para Toronto
Com o sonho de voltar para casa com uma medalha de ouro na bagagem, o mesatenista paralímpico Alexandre Ank embarca hoje para Toronto, no Canadá, onde entra em quadra para a disputa dos Jogos Parapan-Americanos, entre os dias 8 e 13 de agosto. Uma conquista que significa o caminho mais curto para o juiz-forano representar a cidade nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
“Meu objetivo é ser campeão. Entro como um dos favoritos. Americanos, chilenos e mexicanos, todos de ponta, também estarão lá. O Parapan é a principal porta para os Jogos Paralímpicos. O campeão se classifica diretamente. Mas para receber a vaga, preciso participar de outras quatro etapas internacionais até o fim do ano, na Bélgica, Costa Rica, Chile e Argentina”, elenca Alexandre Ank.
Campeão brasileiro, prata no Sul-Americano e bronze no Mundial na última temporada, o mesatenista não se assusta com os desafios dentro de quadra para atingir uma vaga olímpica. O que realmente preocupa Alexandre Ank é a falta de apoio ao esporte. “Meu maior adversário é conseguir recurso para disputar as etapas obrigatórias. Corro o risco de repetir a história de 2012: não consegui apoio do poder público e perdi a vaga para os Jogos de Londres por não ter cumprido o fator obrigatório de participação nas competições internacionais”, lembra Ank, que teve dificuldades até mesmo para garantir o traslado de Juiz de Fora até o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro.
“Solicitei apoio tanto na Câmara dos Vereadores quanto na Secretaria de Esporte. Infelizmente, nessa temporada não consegui auxílio nenhum. É uma pena”, lamenta o atleta. “Não consegui apoio da minha cidade. Já tive apoio no passado, mas em 2014 e 2015, não. Me sinto abandonado. O Governo de Minas Gerais tem o programa Bolsa-Atleta estadual. Alguns atletas com resultados inferiores ao meu foram contemplados, e eu não. Com a mudança do secretário de esporte, achamos que iria melhorar, mas infelizmente em Juiz de Fora as ações para o esporte são nulas. Só conto com os esforços dos meus patrocinadores, a AABB-JF, FENAABB, Suprema, Hiperroll, Federação Nacional da Cultura, além da Fripai, que disponibilizou o carro para me levar ao aeroporto, no Rio de Janeiro.”