Em queda livre
A mais de 2.000m de altitude, três pessoas observam o centro do alvo posicionado no solo e aguardam o momento certo para se atirarem do avião monomotor. A cena, que poderia estar em um filme de ação, vai ser a atração de um campeonato de paraquedismo, estilo precisão, reunindo quase 30 atletas, entre homens e mulheres, que vai acontecer hoje e amanhã, das 8h às 18h, no Aeroclube de Juiz de Fora, no Aeroporto da Serrinha.
O que é radical demais para muitos, é um prazer corriqueiro para Liz Toraldo, 32 anos, que pratica o paraquedismo desde 2006. Ao lado do marido, Luiz Fernando Capacio, 39, a atleta já realizou mais de 160 saltos. Sensação de liberdade difícil de ser explicada. “Só pulando! Essa vai ser a minha primeira competição. O mais difícil no evento estilo precisão é pousar dentro do alvo. O pouso é a única parte arriscada do esporte (risos)”, afirma Liz, mesmo levando em consideração a queda livre por centenas de metros.
Opinião semelhante tem o organizador do evento e presidente do Clube de Paraquedismo Asas de Ouro, Roberto Aguiar. “Nem sempre o atleta com mais experiência é aquele que vai ter mais técnica para uma competição de precisão. Depende da habilidade dele. Cada salto tem um nível de dificuldade diferente, dependendo de vários fatores, como a condição do vento.”
Para os apaixonados pelo paraquedismo, o evento gratuito para o público é uma oportunidade de quebrar o preconceito em relação à modalidade. “Ajuda na divulgação do esporte. Mostra que não é um bicho de sete cabeças, e que quem quiser, pode participar”, conclui Liz Toraldo.