Mapeamento contribui para preservação de árvores do parque do museu
Um mapeamento arbóreo vai indicar quantas árvores e quais espécies da flora estão presentes no Parque do Museu Mariano Procópio. A expectativa é que o trabalho, desenvolvido por biólogos e especialistas, seja finalizado em dois meses e favoreça a preservação do ecossistema da cidade e, principalmente, no parque.
Conforme o gerente do Departamento de Planejamento e Manejo do parque, Dirceu Falce, o mapeamento é fundamental para confirmar as árvores já catalogadas e verificar as novas espécies presentes no local. “O Museu é um laboratório a céu aberto. Hoje temos três pesquisas científicas em andamento, além do mapeamento, porque o parque tem um ecossistema muito representativo. São 78.200 m² de terreno com uma diversidade muito grande, e precisamos dessas informações para cuidar dessas árvores.” Serão contabilizadas as espécies que têm mais de 14cm de diâmetro.
Para o gerente, a preservação ambiental é um dos principais benefícios do mapeamento, já que o levantamento também vai mostrar quais árvores necessitam de cuidados especiais. “Temos um trabalho em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente, que orienta as podas. Em alguns casos, quando a planta está doente, uma poda mais drástica se faz necessária. Com o mapeamento, vamos verificar as plantas de alto valor científico e tentar recuperá-las.”
Além de o museu ser um patrimônio histórico da cidade, o parque, construído em 1861, também é um patrimônio natural. “Perto do museu, a temperatura é cerca de 2°C menor que no Centro da cidade, fator marcante em locais onde há natureza. Além disso, o parque abriga diversas espécies da fauna, como pássaros, insetos e outros animais. As árvores fazem parte desse patrimônio, e é essencial preservá-las e conhecer a saúde delas.”
A primeira parte do trabalho é realizada de forma visual pelos biólogos. Caso não seja possível identificar a espécie visualmente, os especialistas coletam tecidos das plantas e os analisam em laboratório.